Ouvi o choro abafado quando entrei no ônibus. Um bebê, que provavelmente protestava contra os sacolejos e o barulho alto do motor. Procurei com os olhos o dono do chorinho.
O encontrei reclamando no colo da mãe, que no meio de uma conversa animada com a amiga simplesmente lhe jogou um "cala a boca!".
Será que ele entendeu?
A mãe achou que não. Apertou o queixo do pequeno com o dedão, e sem muito esforço o calou. Ele relutou no início, mas por fim pareceu se conformar. Ficou mudo, com a testa franzida, recluso dentro do mundo do seu xale azul.
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